Bruna Santana | Direito da Mulher

O que é violência obstétrica?

A violência obstétrica refere-se a um conjunto de práticas abusivas, desrespeitosas ou negligentes que ocorrem durante o processo de assistência ao parto e ao nascimento. Essas práticas podem ocorrer tanto em hospitais como em outros locais de atendimento obstétrico e afetam principalmente as gestantes e parturientes. A violência obstétrica envolve a falta de informação adequada, consentimento informado, privacidade, dignidade e respeito às escolhas das mulheres durante o processo de parto e pós-parto.

Alguns exemplos de violência obstétrica incluem:

  • Falta de informação: Quando a gestante não recebe informações claras e compreensíveis sobre o procedimento, riscos e alternativas disponíveis;
  • Intervenções desnecessárias: Realização de procedimentos médicos ou cirúrgicos sem justificação médica adequada, como cesarianas não indicadas;
  • Falta de consentimento informado: Realização de procedimentos sem o consentimento explícito e informado da gestante, desconsiderando suas preferências e decisões;
  • Desrespeito à privacidade e dignidade: Tratamento desrespeitoso, humilhante ou degradante, como exposição desnecessária do corpo, comentários insensíveis ou falta de privacidade;
  • Coerção e pressão: Exercer pressão sobre a gestante para que ela aceite determinados procedimentos ou intervenções contra sua vontade;
  • Discriminação: Tratar a gestante de forma discriminatória com base em sua origem étnica, classe social, orientação sexual ou outras características;
  • Negligência: Falta de cuidado adequado durante o trabalho de parto, parto e pós-parto, colocando em risco a saúde da gestante e do bebê.

A violência obstétrica é uma questão complexa e muitas vezes está enraizada em normas culturais, práticas médicas desatualizadas e falta de sensibilidade às necessidades e desejos das gestantes, e por mais que isso não deva ocorrer de forma alguma,  é importante que a gestante sempre esteja acompanhada de alguém que possa impedir tal tratamento.

Caso você ache que passou de algum modo pela violência obstétrica não deixe de procurar um profissional capacitado para cuidar do caso. Quanto menos isso for dito, mais chances há de continuar acontecendo.

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