A cultura do estupro é um termo usado para descrever atitudes, crenças e normas sociais que perpetuam e toleram a violência sexual contra as mulheres e outras vítimas de agressão sexual.
É válido pontuar que a violência sexual não é apenas o estupro, mas também se trata de crimes como a importunação sexual e o assédio sexual.
Um dos aspectos da cultura do estupro é a culpabilização da vítima. Ao invés de responsabilizar o agressor pelo crime cometido, a vítima é frequentemente questionada sobre seu comportamento, aparência ou histórico sexual. Essa atitude coloca a responsabilidade sobre a vítima, em vez de responsabilizar o agressor, além de ser comum comentários do tipo “isso é coisa de homem” ou “é normal que ele aja assim, é natural do homem”.
Além disso, a cultura do estupro também afeta os homens, especialmente aqueles que são vítimas de agressão sexual, pois a sociedade muitas vezes não reconhece ou minimiza sua experiência.
A cultura do estupro também está relacionada à falta de apoio às vítimas de agressão sexual. Muitas vezes, as vítimas enfrentam obstáculos ao denunciar o crime, como medo de represálias, estigmatização, descrença e falta de suporte adequado das autoridades e instituições responsáveis pela aplicação da lei.
Não adianta reclamar da penalidade do país se um crime é visto como algo comum
É fundamental que as sociedades se unam para desafiar e mudar essas normas culturais prejudiciais. Isso envolve educação, conscientização, mudança de atitudes e criação de leis e políticas que protejam e apoiem as vítimas de agressão sexual, além de responsabilizar os agressores pelo seus atos. Somente através dessas ações coletivas poderemos trabalhar para eliminar a cultura do estupro. E é válido pontuar que não adianta reclamarmos da falta de penalidade no país se um crime é tratado como algo comum.